Os neurónios comunicam-se entre si através de um tipo de sinalização
eletroquímica. Essa sinalização exige que as ações dos íons individuais -
sódio, potássio, e cálcio - fluam por canais
que são, em seu ponto mais estreito, somente um pouco maior do que a
largura de um único íon. Se você tiver uma noção básica de física
quântica e newtoniana, percebe que o cérebro é um ambiente quântico
e portanto está sujeito a todas as leis surpreendentes da mecânica
quântica. Na mecânica quântica, a pergunta que faz a si próprio em relação
aquilo que observa influencia a resposta que terá. O mesmo
ocorre com o cérebro. As perguntas que você faz ao seu cérebro afetam
significativamente a qualidade das novas conexões que serão formadas, e
alteram profundamente os padrões e tempo das conexões que o cérebro cria
a cada fracção de segundo. Agora, substitua a frase "a pergunta que faz" pelo conceito de "atenção" e terá o enunciado "onde você
focalizar sua atenção, formará conexões". Focalize sua atenção em
algo novo e formará novas conexões. Temos comprovativos disso
através de estudos de neuroplasticidade, onde a atenção focalizada
possui um papel crucial na criação de mudanças físicas no cérebro.
Uma lei importante e validade na mecânica quântica chamada de "Efeito
Zenão Quântico" é a chave para entendermos como a atenção concentrada
pode reprogramar o cérebro. O Efeito Zenão Quântico foi descrito há 30
anos e é estudada desde então. Um exemplo clássico do efeito é que a
observação rápida e repetida de uma molécula manterá a mesma em um
estado estável. Há uma diminuição na velocidade de flutuação que a
molécula demonstra quando não está sendo observada constantemente. Este é
um princípio básico da física quântica - a velocidade da observação tem
efeitos mensuráveis sobre o fenómeno em observação. O Efeito Zenão
Quântico para aplicação neurocientífica determina que a ação mental de
focalizar a atenção estabiliza os circuitos cerebrais associados com o
que está sendo focado. Se você prestar atenção num certo conjunto de
conexões cerebrais, isso manterá este circuito estável, aberto e
dinamicamente vivo, permitindo que ele eventualmente se torne parte das
conexões permanentes do cérebro.
As conexões que temos, ou seja, os
nossos mapas mentais, influenciam intensamente a realidade que
enxergamos, mais do que os próprios estímulos. O efeito placebo é um
exemplo clássico disto. Quando as pessoas sabem que acabaram de receber
um analgésico, elas sentem uma redução intensa e sistemática da dor,
apesar de, na realidade, terem recebido uma substancia completamente
inócua, uma pílula de açúcar. Estudos abrangentes realizados pelo Dr.
Donald Price da Universidade da Flórida mostraram que a responsável pela
mudança na percepção da dor é a expectativa mental do alívio da dor, e
que os centros de dor nos níveis cerebrais mais profundos mostram
mudanças sistemáticas. Consistentes com essas mudanças. Em suma, a
expectativa mental por si mesma altera profundamente o modo como o
cérebro responde à dor. O Dr. Price esta atualmente realizando um
trabalho para demonstrar que o Efeito Zenão Quântico explica estas
conclusões. A expectativa mental de alívio da dor leva a pessoa a
focalizar constantemente sua atenção na experiência de alivio da dor,
ativando os circuitos cerebrais responsáveis pelo alivio da dor, e
causando uma redução na própria sensação de dor. Em linguagem simples: O
que esperamos é o que vivenciamos.
A densidade de atenção descreve
o quanto de atenção prestamos ou o numero de observações que fazemos
durante um período especifico. De forma mais simples, quanto mais
focalizados estamos, quanto mais de perto observamos, maior é a
densidade de atenção. É o termo que descreve nosso foco e concentração
mental. Este conceito é tão importante em termos de física quântica
porque é a densidade de atenção que produzo Efeito Zenão Quântico, e é
ela que faz com que o circuito cerebral fique no seu lugar de um maneira
dinamicamente estável. Com densidade de atenção suficiente, os
pensamentos e ações mentais do individuo tornam-se parte de quem somos,
parte de como nosso cérebro funciona. E portanto, desempenham um
importante papel na maneira como percebemos o mundo. Em outras palavras,
o poder está no foco. Aquilo onde escolhemos colocar a nossa atenção muda
o nosso cérebro e muda a maneira como vemos e interagimos com o mundo.
Texto baseado nos estudos de Jeffrey Schwartz
Já alguma vez tinha pensado nisto? Espantoso, certo?
Deixe a sua opinião, o que sabe e pensa sobre o assunto.
Beijinhos neuronais!
Isa do blogue viver os sonhos3
Será que podemos transmitir os nossos pensamento através da telepatia?
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