Fim do Mundo como o conhecemos… Início de outro…
(21-05-2012, 7h30m)
Sonhei/vivi momentos de catástrofe. Não sei bem
como classificar este sonho com as palavras que conheço. Mas, era ao mesmo
tempo de MORTE/RENASCIMENTO, FIM/INICIO, ESCURIDÃO/ LUZ.
Vou
registar o que me lembro, pois cada segundo que passa as ideias, imagens
apagam-se à velocidade da luz.
O sonho
começou por me mostrar o quotidiano de pessoas que conheço e outras que
desconheço totalmente.
A minha
amiga Sílvia preparava-se para ir com o filho Dinis ao cabeleireiro para lhe
cortar o cabelo. Devem adiar. Não é a melhor situação para ele.
A minha
amiga Margarida foi com os filhos ao parque infantil. Deverá estar muito atenta
pois algo de desagradável vai acontecer…
Desemprego,
desemprego…. Praticamente todas as famílias têm parentes próximos ou afastados
no desemprego que vivem momentos de desespero e bloqueio total. Mudança de
cargos e funções no governo para contornar a revolta social que cresce conforme
os despedimentos e os protestos face às opções políticas incorretas e
injustas.
Problemas nas estradas:
estradas cortadas, dificuldade ou até mesmo impossibilidade total de regressar
a casa – situação comum a milhares de famílias.
Eu
conseguia deslocar-me usando uma bicicleta, mas apenas alguns quilómetros e
voltava sempre para um café, junto de uma escola, que estava cheio de pessoas,
onde existia um barulho insuportável, mas não era seguro as pessoas saírem de lá.
Uma
empregada da escola veio dar conhecimento da existência de uma sala de descanso
para os mais necessitados. Eu estava exausta e o meu marido insistia para eu ir
descansar um pouco enquanto ele ficava no café a ouvir as notícias, à minha
espera. Não sei bem o que aconteceu aos meus filhos, mas sei que estavam num
lugar seguro. Os telemóveis já não funcionavam e a TV já estava a dar mal, e em
alguns sítios já não dava nada. A luz falhava constantemente.
Ninguém
podia sair do café para a rua mais do que alguns metros sem ver cenas horríveis
ou até mesmo morrer. A TV informava que em alguns sítios as condições
atmosféricas eram de tal forma péssimas que levava milhares de pessoas ao suicido,
ou a morrer lentamente.
Chuvas
intensas, nuvens escuras donde “saiam” gases, sons de gritos e tremores de
terras pouco intensos eram uma constante. O tempo alternava com chuva intensa,
libertação de gases e pedras que caíam do céu e uns minutos de sol e céu azul
ou pouco nublado. Quando tudo parecia terminar eis que voltava o cenário
irreconhecível da mente humana.
O
desespero, medo e terror estava estampado no rosto das pessoas. Poucas
mantinham a serenidade, a tranquilidade suficientes para acalmar a todos. Agiam
como se soubessem que tudo iria acontecer e conheciam o fim de toda esta
situação.
Saí de
bicicleta com uma pessoa que não me lembro quem era. Vi cenários surreais,
impensáveis ao ser humano e a toda a História da Humanidade que se tem
conhecimento.
As
pessoas com doenças ou que tinham sido vítimas de acidentes graves caíam e
morriam em formato “sufocadas”.
Havia
corpos por todo o lado, a chuva, a lama e as pedras enrolavam e arrastavam os
corpos de mortos e vivos. Era como uma lixeira humana. Entrei numa gruta, pois
vi pessoas a serem arrastadas para lá e quis ajudá-los. O que vi foi terrificador.
Todos estavam vivos, eram cerca de 25 a 30 pessoas. Foram-se agrupando em dois
círculos e a água subia, subia para dentro da gruta até que atingiu o pescoço
de todos os que lá estavam. Aí libertou-se um gás e todos abriram a boca,
respiraram e morreram. Ficaram a boiar de boca aberta. Eu via tudo. Mas, a mim
nada acontecia. Eu não me via com corpo, mas estava lá. Passado cerca de 3
horas as pessoas mortas foram abanadas “acordaram” e quando começaram a gritar
de alegria por estarem vivos, transformaram-se em pontos de luz.
Foi
simplesmente incrível. Saí dali acompanhada de imensa luz e vi essa luz
agrupar-se e transformar-se num raio de luz azul.
E os
corpos, o que aconteceu? Perguntava-me eu incrédula.
Somos
afinal seres de luz! Tenho que avisar todos que não se entreguem ao medo, pois aquele grupo de pessoas foi corajoso e transformou-se em luz.
No regresso
ao café assisti a um cenário incompreensível à mente humana. Pessoas a
caminhar, e a sofrer, sem um braço, sem uma orelha, a sangrarem, sem pernas,
completamente mutiladas num desespero louco de dor e sofrimento psicológico.
Eis que uma delas quando se acabara de levantar é trespassada por uma espécie
de carruagem. Caída completamente no chão, olhei e nem tempo tive para pensar
fosse o que fosse e esse “corpo” transformou-se num ponto de luz.
Eu vi, e centenas
de pessoas viram também.
Muitos
começaram a suicidar-se. Subiam alto, alto e atiravam-se ao chão, e antes que
chegassem ao chão eram luz com vida, luz intensa. Quase sempre a forma da luz
era um círculo de luz que aumentava, diminuía ou ganhava uma forma.
Vi
milhares de pessoas a deitarem-se nos rios, nas águas e a afogarem-se.
Esperavam que a pessoa anterior se afogasse para se colocarem em cima do
cadáver, esperar pela água e afogarem-se também. Isto foi sempre num movimento
que parecia infinito. Vi depois o corpo energético a abandonar os cadáveres e a
transformarem-se em luz. Mas, alguns descobriram que se permanecessem em baixo
(junto ao solo, onde a energia era mias densa) enquanto luz até ao máximo de 2
dias, tornavam-se novamente pessoas sem doenças, mazelas, deficiências, sem qualquer
tipo de sofrimento…
Com essa
descoberta os suicídios em massa aconteceram aos milhões. Era uns a
suicidarem-se e outros e outros a “renascer da luz”, como luzes que se acendem
e apagam – morte e renascimento.
Alguns
renasciam, matavam-se e renasciam novamente no mesmo dia, como se de um jogo se
tratasse.
Comecei a
ficar perplexa com a atitude das pessoas. Pois se encontraram a solução e a
ajuda divina para o seu sofrimento, porque insistiam em permanecer com aquelas
atitudes de morte/vida, morte/vida?
O que aprendiam com isso? Parecia um jogo
macabro.
No céu,
na terra, na água, existia os mortos vivos, os seres de luz, os cadáveres…
A
determinada altura eu já estava com outros seres para avisar a Humanidade que o
período para a Mudança tinha terminado, assim como a capacidade de transmutação
rápida do corpo para a luz. Era necessário avisá-los para não brincarem mais
com aquele “dom” e permanecerem na luz.
Mas, não conseguimos ajudar o quanto queríamos;
ondas gigantes de água, tão grandes que não se via o céu, tão grandes que
ultrapassavam e engoliam as maiores montanhas do mundo, chegaram e cobriram a
terra, tornando-a num gigante lago azul. Eu subi ao cimo das ondas sem ter
corpo, só consciência e vi o sofrimento de muitos. Ajudei os que me ouviram
dizer para permanecerem na luz e com isso a alcançar a eternidade.
No final
estava cansada, muito cansada…
Observações: Sei que sonhei muitos mais
pormenores mas não me lembro com rigor por isso não os mencionei. Foi necessário
escrever todo este texto a uma velocidade incrível. Por vezes, deixei mesmo de
esclarecer e aprofundar algumas situações, pois pensar que me lembraria e poderia
fazê-lo mais tarde, o que não se verificou. Isto porque sentia um ímpeto muito
forte para passar para a descrição de outras situações que queriam escapar da
minha consciência.
I.M.
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